Foi durante as filmagens da série "Piratas do Caribe" que Johnny Depp encontrou o seu paraíso particular. Conhecido por sua aversão aos paparazzi, o outrora bad boy do cinema resolveu comprar uma ilha nas Bahamas e passar boa parte do seu tempo ocioso por lá, com a mulher e os dois filhos, fazendo "absolutamente nada". Mas a paz foi perturbada pelo cineasta Michael Mann ("O aviador"), que fez a Depp um convite tentador: reencontrar seu passado rebelde na pele do carismático ladrão de bancos John Dillinger, espécie de herói americano dos anos da Grande Depressão.
"Sou fascinado pelo John Dillinger desde os meus dez anos de idade e nem sei por quê", disse o ator em Los Angeles durante entrevista de promoção do filme "Inimigos públicos" da qual o G1 participou. A adoração pelo anti-herói, sugere ele, pode estar nos genes. "Meu avô tinha uma destilaria ilegal no fundo do quintal em plena Lei Seca e meu padrasto também teve seus tempos rebeldes e acabou passando algum tempo na prisão."
O reencontro com os anos rebeldes, no entanto, não tira a convicção do ator de que seu lugar no mundo é com a família e, de preferência, num lugar bem longe das câmeras. "É tudo muito estranho, como por exemplo, o assédio a Brad e Angelina. Não sei como essas pessoas vivem ou lidam com isso. É por isso que não saio de casa. Nunca. Afinal, sair, para quê?"
"Sou fascinado pelo John Dillinger desde os meus dez anos de idade e nem sei por quê", disse o ator em Los Angeles durante entrevista de promoção do filme "Inimigos públicos" da qual o G1 participou. A adoração pelo anti-herói, sugere ele, pode estar nos genes. "Meu avô tinha uma destilaria ilegal no fundo do quintal em plena Lei Seca e meu padrasto também teve seus tempos rebeldes e acabou passando algum tempo na prisão."
O reencontro com os anos rebeldes, no entanto, não tira a convicção do ator de que seu lugar no mundo é com a família e, de preferência, num lugar bem longe das câmeras. "É tudo muito estranho, como por exemplo, o assédio a Brad e Angelina. Não sei como essas pessoas vivem ou lidam com isso. É por isso que não saio de casa. Nunca. Afinal, sair, para quê?"
Leia a seguir, trechos da entrevista com o ator:
Pergunta - Qual é o fascínio que o personagem de "Inimigos públicos" exerce sobre você? Johnny Depp - Sou fascinado pelo John Dillinger desde os meus dez anos de idade e nem sei por quê. Assim como Charlie Chaplin e Buster Keaton me fascinam. Deve ser algo com a minha família e criação. Meu avô, de quem eu era muito próximo, tinha uma destilaria ilegal no fundo do quintal em plena Lei Seca (risos). Meu padrasto também teve seus tempos rebeldes e acabou passando algum tempo na prisão de Statesville, onde eu filmei parte do longa, o que foi incrível. Não sei bem como explicar, mas é como se houvesse uma atração natural minha ao Dillinger. Eu simplesmente o adoro. Pergunta - Por que você acha que John Dillinger virou lenda? Depp - Eu acho que Dillinger foi, no seu tempo, o que hoje seria um astro de rock. Em 1932, 1933, quando os bancos e o governo eram os inimigos do povo quase se comportando como criminosos comuns, Dillinger se tornou um herói do povo, um Robin Hood. Eu realmente acho que ele era um homem que se preocupava com as pessoas. Acho que ele mantinha essa imagem não tanto porque precisava dela, mas porque queria fazer diferença. E ele sabia que não teria muito tempo.
Pergunta - Ele era também um romântico, que tomou decisões que mudaram sua vida por uma mulher que acabava de conhecer. Você é assim? Depp - Eu o entendo completamente. Há 11 anos, eu estava em um hotel e vi umas costas paradas à minha frente. Só isso mesmo, costas e um pescoço. Até que ela se virou e olhou para mim. Me derreti todo. Essa era a Vanessa (Paradis). E hoje, 11 anos e duas crianças depois (risos), eu entendo plenamente o Dillinger.
Pergunta - O filme mostra a fascinação de Dillinger pela imprensa. Voce já é mais reservado quanto a isso, mas como lida com essa constante atenção? Depp - Você não se acostuma com esse tipo de coisa. É impossível. Se você se acostumar com uma coisa dessas, você é louco. Mesmo. Eu consigo entender o assédio e o interesse, mas existe um limite do que é suportavel. É tudo muito estranho, como por exemplo, o assédio a Brad e Angelina. Na minha opinião, há muito para digerir. Eu não sei como essas pessoas vivem ou lidam com isso. É por isso que não saio de casa (risos). Nunca. Eu não vou a lugar algum. Quer dizer, eu realmente não saio. Afinal, sair, para quê?
Pergunta - Se fosse analisar os últimos 10 anos, o que diria que mudou em sua vida? Depp - Bem, meus filhos estão ficando mais velhos (risos). Minha filha, Lily-Rose, já tem 10 anos e meu filho, Jack, 7. Em termos de trabalho, houve muito aprendizado depois que o 'Piratas do Caribe' foi lançado. De repente, as coisas começaram a mudar na minha vida, ficaram um pouco estranhas, mas você se adapta. Além do que eu me considero um cara de muita sorte por ainda estar trabalhando depois de tanto tempo na carreira. Portanto, de mudança sólida mesmo nos últimos dez anos, acho que só mesmo a alegria de ver meus filhos crescerem e se tornarem pequenos adultos.
Pergunta - O que você lhes ensina quanto a encontrar um equilíbrio entre ter individualidade e ser parte da sociedade? Depp - Bem, como eu não saio muito de casa não posso dizer que me encaixo na sociedade (risos). Porém, quando vou à escola deles ou a algum evento onde tenho a oportunidade de participar de parte da vida deles e de ver a dinâmica que têm com seus amigos, acabo aprendendo mais do que ensinando. Não consigo pensar em nada que poderia ensinar que eles já não saibam. Além de que, eles têm uma imaginacao incrível, que não sei de onde vem (risos), e são tambem criancas divertidas, engraçadas. Meu maior medo é que eles virem atores (risos).
Pergunta - O que você lhes ensina quanto a encontrar um equilíbrio entre ter individualidade e ser parte da sociedade? Depp - Bem, como eu não saio muito de casa não posso dizer que me encaixo na sociedade (risos). Porém, quando vou à escola deles ou a algum evento onde tenho a oportunidade de participar de parte da vida deles e de ver a dinâmica que têm com seus amigos, acabo aprendendo mais do que ensinando. Não consigo pensar em nada que poderia ensinar que eles já não saibam. Além de que, eles têm uma imaginacao incrível, que não sei de onde vem (risos), e são tambem criancas divertidas, engraçadas. Meu maior medo é que eles virem atores (risos).
Pergunta - Qual é o seu refúgio quando quer se distanciar de tudo? Depp - Depois da loucura dos 'Piratas', quando as coisas começaram a crescer como nunca, eu tive muita sorte de cruzar com uma ilha minúscula nas Bahamas. É entre essa ilha e o sul da França onde eu consigo ter um pouco mais de vida normal, simples e anônima.
Pergunta - O que pode nos contar sobre o lugar? Depp - Eu sei que uma ilha soa com uma enorme extravagância, mas não é nada disso. Você não pode imaginar como é incrível, depois de ficar filmando em várias locações diferentes, poder sentar e olhar o horizonte por um tempo, sem fazer mais nada. Acho até que isso acrescenta anos na sua vida (risos). O que pode parecer um luxo, na verdade me oferece uma simplicidade que apenas um lugar assim remoto, e sem câmeras, pode oferecer.
Pergunta - O que vocês fazem quando estão na ilha? Depp - Nós vamos lá e não fazemos nada. Absolutamente nada (risos). É maravilhoso. Meus filhos pegam conchas na praia e constroem casinhas. Lá não tem brinquedos, não tem absolutamente nada. É perfeito!
Fonte: www.johhnydepp.com.br
Foto: Divulgação
Um comentário:
Eu já havia lido essa entrevista,também fiquei fascinada pelo Dillinger,como eu já havia lido a sinopse do filme,logo percebi que Dillinger,deveria ser mesmo uma espécie de Hobin Hood,e...engraçado Dillinger era famoso quando minha mãe tinha 3 aninhos e meu pai estava fazendo parte da Revolução de 1930.Dá pra fazer um outro filme,será que o Depp concorda?
Entendo a necessidade que ele tem em fugir do mundo da mídia,deve ser loucura mesmo essa competitividade,e isto não se parece nem um pouco com Johnny Depp,meu herói,depois de Jesus.
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